quarta-feira, 10 de setembro de 2008

Rindo à tôa.

Às vezes acontece. Eu fico assim, feliz, sem motivo, incondicional, exagerada e irritantemente feliz. Tudo bem que pela primeira vez em seis anos eu vou tirar dezenove dias inteirinhos de férias. Não acho dezenove um número muito bonito, mas ele tem o seu valor, já que é a razão dos meus mais de dezenove sorrisos por minuto. Não quero engessar esse raro momento de liberdade, mas já planejei algumas coisinhas pra não sair por aí tão desorientada: vou pra Espanha, me jogar nas praias e experimentar as festas ácidas de Ibiza com Tiesto, Groove Armada, David Guetta e Erick Morillo da forma mais inocente que eu for capaz. Vou checar se Formentera é mesmo uma mini Noronha encravada nas Ilhas Baleares e lá dormir homeless, na praia, na companhia do céu iluminado de estrelas, como tanto me recomendaram. Vou pra Mallorca, Menorca, e assistir todos os pores do sol que a natureza me permitir. Vou pra Barcelona alimentar a alma de arte, história e contemporaneidade. Vou andar muito, a pé, de bicicleta, de motinha, sozinha, acompanhada, perdida ou seguindo alguma direção. Vou comparar Madrid com São Paulo, visitar ruas, museus, fazer comprinhas, e ficar hospedada em três andares diferentes do Puerta America, realizando um desejo que concebi desde que ouvi falar deste hotel há algum tempo atrás. Vou sozinha e acompanhada da melhor companhia que eu conheço. Vou feliz, como agora e como daqui a dois dias quando a hora da partida chegar. E vou com muita vontade de voltar cheia de motivos para este estado de alegria insistir e nunca mais me abandonar ;-)

quarta-feira, 3 de setembro de 2008

Virei fã do Rodrigo Santoro.

No domingo fiquei zapeando e parei na entrevista da Marília Gabriela com o Rodrigo Santoro. Sempre concordei que ele é realmente muito bem apessoado, mas à medida em que a conversa ia rolando, me convenci que o sujeito é também bastante interessante. Inteligente, articulado, sagaz, ele constrói bem as idéias, mostra segurança, maturidade e não tem medo de expôr o que é verdade. Enfim, é um cara preparado para o que está acontecendo na carreira dele e para o que possivelmente virá por aí. Curioso. Meu trabalho me dá a oportunidade de conhecer algumas celebridades. Muitas delas confirmam o estereótipo blasé que cerca esse mundinho. No entanto, já me surpreendi com algumas. Adorei o approach carinhoso da Cláudia Leitte, a alegria da Sandra de Sá, a timidez charmosa do Caco Ciocler, a simpatia do Luciano Szafir, a doce loucura do Lobão, desenvolvi uma proximidade com a Gabriela Duarte e tenho um amigo querido que é ex vencedor do Big Brother. Também tive a oportunidade de esbarrar com o Rodrigo Santoro três vezes: a primeira foi no Festival de Cinema de Brasília do ano 2000, e estava sentada ao lado dele quando foi anunciado como melhor ator pelo filme “Bicho de Sete Cabeças”, em uma exibição emocionante, que começou com vaias ao galãzinho global na abertura do filme e acabou com aplausos de pé pela platéia após a consistente interpretação que protagonizou. A segunda foi em uma ponte aérea em 2006, em que me assustei com a magreza dele em razão da minissérie em que estava atuando na época e por estar bem simplezinho, quase confundido com um surfista. A terceira foi mais radical: no final do ano passado, em Fernando de Noronha, o meu buggy deu uma derrapada na curva e quase colidiu com o que ele estava dirigindo na outra pista. Todos estes encontros me disseram algo a respeito dele, mas só o bate-papo na entrevista conseguiu arrancar de mim verdadeira admiração. Na semana passada também encontrei uma pessoa com quem não falava há muito tempo. Sua beleza é indiscutível, e já desconfiava da sua inteligência, mas descobrir que além disso a figura tinha um senso de humor refinado, boas idéias e uma admirável vontade de fazer grandes coisas foi quase desconcertante. E delicioso. Adoro me surpreender com as pessoas. E adoro fazer com que as pessoas se surpreendam comigo. Porque no final o melhor da história não é confirmar o que já se esperava, mas o que se pode descobrir quando ninguém mais aguardava por nada.