domingo, 24 de agosto de 2008

Voltei.

Julho foi um mês estranho. Somatizei a poderosa reação de três acontecimentos que me tiraram o chão e me entreguei à uma onda de tristeza e melancolia, depois de meses e meses da mais completa euforia. Os dias foram passando e inconscientemente fui acrescentando mais e mais tempo aos meus antes poucos momentos de solidão. Depois fui abatida por uma suave tristeza. Tão leve que não houve quem desconfiasse de qualquer mudança no meu estado de humor. Coincidentemente usei muito do tempo para me dedicar à horas extras de estudo, o que foi um álibi irrefutável para qualquer possível questionamento sobre a minha ausência em compromissos aos quais eu era não perderia por nada. Tive uma extrema vontade de encontrar o nada, de ver infinitos, de sentir o vazio. Não renovei os meus playlists, não atualizei o meu blog e evitei testemunhar o dia-a-dia dos amigos para que a minha absoluta falta de vontade de ter alguma opinião não soasse indelicado. Viajei por perto e fui muito longe. Tirei mini-férias e dirigi sozinha alguns muitos quilômetros entre litoral e interior só pelo prazer de mudar as cenas da paisagem e a necessidade de sincronizar o pensamento e o sentimento. Fui pra Ilhabela, Paraty, Serra Negra, Vinhedo e Atibaia e pensei em Brasília, Rio de Janeiro e Buenos Aires. Chorei, ri e vivi a tentativa de voltar à mim aos poucos, redescobrindo os caminhos e juntando os pedacinhos de uma história que não consigo lembrar como perdi.

2 comentários:

Anônimo disse...

Chega de choro, neném.
Isso não combina com você.
Essa semana tem tequila pra eu me redimir?

Bêjo na testa.

Anônimo disse...

Kaooo, bem vinda de volta. Adoro quando você escreve. Fica bem e se cuida, viu? Semana que vem a gente se vê de novo (e como assim naaada aconteceu no dia 16 -kakaka). Bye ki bye bye bye bye.